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Um passo a mais no encontro dos meus pontos fortes

Você sabe o que te faz único? Eu ainda não sei. Ao menos não tudo. E talvez nunca saiba, e está tudo bem. A busca por autoconhecimento é contínua.


E durante essa busca eu fiz um pacto comigo, todo ano, investir de alguma forma nela, seja através de viagens, livros, cursos, mentorias, experiências, o que for.


Já foram viagens de Las Vegas a Roma e de Matinhos a Natal. É aquela história, precisamos nos perder para nos encontrar. E cada vez mais eu acho que essa história é contada em loops infinitos. Quando você acha que se encontrou, vem tudo novamente e você precisa se redescobrir. É assim com você também?


E foi durante essa quarenta, quando um vírus minúsculo resolveu se proliferar, que minhas pequenas dúvidas resolveram fazer o mesmo. E lá me vi novamente no processo de olhar para dentro.


Algumas pessoas fazem isso com mais elegância, já outras deixam se consumir ao máximo. Bom, eu faço parte do segundo grupo.


A minha habilidade de pensar demais nas coisas me corrói por dentro. Devo passar mais de 50% do tempo dentro da minha cabeça. É como se fosse pegar o livro O Poder do Agora e fazer tudo ao contrário. Quando não é pensando no passado, é no futuro.


Confesso que normalmente foco no futuro, mas essa quarentena está tão estranha que me fez em alguns momentos olhar o passado.


Focar no futuro, chega a ser engraçado utilizar a palavra foco nesse texto. E eu te explico o porquê.


Nessa minha busca por autoconhecimento, 2020 não foi premiado com viagens, motivo óbvio. Se você está lendo isso anos após esse momento que eu escrevo, os livros de história te informarão a razão pela qual viagens estavam fora dos planos.


Com isso, me deparei com a oportunidade de fazer uma mentoria. Mentoria para mim é algo muito delicado, afinal, a pessoa que o guia nesse processo é tão importante quanto a metodologia. Nesse caso, estava em boas mãos.


A pessoa que eu encontrei para me mentorar era tão boa quanto a metodologia. Kiko, amigo e parceiro de jornada como empreendedor social, ganhou o Prêmio como Empreendedor do ano comigo em Manaus em 2017, de lá para cá muita coisa mudou em nossas vidas. Entre esses novos caminhos, encontram-se novos encontros. Ele agora, como pessoa habilitada para aplicar a metodologia dos Pontos Fortes, criada pelo Gallup. Metodologia e estudos difundidos no livro Best Seller, Descubra Seus Pontos Fortes.


Quando eu vi essas duas combinações, minha cabeça cética me fez querer saber mais e me levou a fechar a mentoria.


Já conhecia o livro e os estudos. Havia feito o teste para descobrir meus pontos fortes em 2012, na época, no segundo ano da minha graduação.


Como o tempo é engraçado. Ele passa numa velocidade avassaladora e as vezes não estamos prontos para receber o que ele tem para nos mostrar. Digo isso pois em 2012, quando fiz o teste, 5 pontos fortes foram apresentados para mim em ordem de relevância. Desses 5, 4 continuam os mesmos.


O que isso significa? Que o teste é comportamental e não circunstancial e que basicamente fazem 8 anos que eu tenho a clareza de quais são meus pontos fortes e que eu literalmente caguei para eles.


Viver nossos pontos fortes é tão importante quanto nosso propósito, pois eles não só nos aproximam dele como da nossa potencialidade única como indivíduo.


Parece papo para boi dormir, mas não é.


Como já diria Edward Deming: “Só acredito em Deus, todos os outros precisam me trazer números.”


E os números podem provar. A combinação dos seus pontos fortes é tão única que 1 em cada 33 milhões de pessoas possuem essa combinação. Isso quer dizer que no Brasil, apenas 7 pessoas tem as mesmas características do que eu.


A metodologia parte da premissa de que o sistema tá f*****, as escolas, empresa e pessoas focam sempre em melhorar suas fraquezas. Tirou nota baixa em matemática e alta em todas as matérias, quem liga? Vai fazer recuperação. Esse é o nosso modo operandi, arrumar falhas e não otimizar fortalezas. Mas aí que encontra-se o nosso maior erro. Nunca iremos viver nosso potencial fazendo coisas para sermos medianos. Para vivermos nosso potencial, temos que nos tornar excepcional naquilo que já somos bons por natureza, nossos talentos. Um ponto forte é isso, o talento somado com o conhecimento e a prática.


Ninguém lembra que Michael Jordan era um excelente defensor, ganhando o prêmio como Defensor do Ano da NBA em 1988. As pessoas se lembram dele como o maior jogador de todos os tempos, porque sabiam que quando o bicho pegava, a bola era dele. E aí, meu amigo, não tinha jeito.


Vivemos focando nos nossos pontos de melhoria, quando devemos fazer o inverso. Não estou falando para esquecermos deles, mas sim para elevarmos a um patamar que não nos incomode, e então buscar parcerias que nos completem.


E foi isso que eu fiz parcialmente nos meus últimos 8 anos. Eu não lembrava dos meus pontos fortes, mas todas as vezes que eu estive perto deles, coisas incríveis aconteceram. E quando estava longe deles, sentimentos como insatisfação, dúvida e frustração vinham.


Esse artigo é para eu fazer as pazes com eles. Ainda tenho muito que compreender. Tenho que entender como tirá-los da sombra e colocá-los na varanda, como não ter vergonha deles, como comunica-los e como vivê-los cada vez mais.


Enquanto estou nessa jornada, queria agradecer a cada um deles, por me tornarem quem eu sou. Então, muito obrigado à competição, excelência, foco, realização, estudioso e inclusão (você estava em 2012, mas não é porque saiu da lista que não está próximo).


Se você quer saber mais sobre a mentoria, o livro ou qualquer coisa dessa minha busca por autoconhecimento, só me mandar uma mensagem ou deixar um comentário.


Por um mundo onde estejamos mais próximos das coisas que nos fazem únicos.


Vamos que vamos!

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